O que uma economia de viagens de quase US$ 16 trilhões significa para suas férias futuras

Qualquer pessoa que tenha feito uma viagem neste verão pode dizer que o setor do turismo está explodindo com voos lotados, preços de hotéis em alta e navios de cruzeiro lotados de passageiros.

O turismo continua a ser o ponto positivo mesmo na China, que enfrenta neste momento turbulências económicas.

Espera-se que esse tipo de demanda aumente ainda mais nos próximos anos. O Conselho Mundial de Viagens e Turismo estima que a economia do turismo se expandirá para se tornar uma indústria de 15,5 biliões de dólares até 2033, de acordo com o relatório Impacto Económico de Viagens e Turismo 2023 do WTTC.

Isto significa que cerca de 24 milhões de novos empregos relacionados com viagens e turismo serão adicionados ao sector durante a próxima década.

Nem tudo são boas notícias, no entanto.

"Apesar de tudo isto, o próximo ano não será isento de desafios. A inflação, a incerteza económica, a escassez de mão-de-obra e a crise climática são factores limitantes", observou a presidente e CEO do WTTC, Julia Simpson, no relatório. “E à medida que as viagens regressam ao pico anterior à COVID-19, algumas empresas estão a lutar para acompanhar o ritmo da procura. Em todo o mundo, precisamos de fortes esforços para aumentar a capacidade e a conectividade, bem como ações da indústria e dos governos para resolver problemas de pessoal. "

As maiores economias de viagens não são necessariamente caras novas: os EUA, a China, a Alemanha, o Reino Unido e o Japão ocupam as cinco primeiras posições, respetivamente. Mas espera-se que a China ultrapasse os EUA em termos de tamanho da economia de viagens na próxima década, disse Simpson à Bloomberg esta semana.

É improvável que isso signifique muito em termos de suas próximas férias. O que acontecerá, no entanto, é que a procura crescente significa que as tarifas dos hotéis e das passagens aéreas só aumentarão.

Prevê-se que os gastos globais com viagens de lazer passem de cerca de 4 biliões de dólares no ano passado para quase 8 biliões de dólares em 2033.

Taxas de juros mais altas em todo o mundo significam que não é tão propício construir novos hotéis como era há apenas alguns anos. Isso significa que se espera que a oferta hoteleira hoje em dia permaneça praticamente a mesma nos próximos anos em mercados como os EUA, por isso os CEO de empresas como a Hilton antecipam que as taxas podem subir simplesmente no caso de não haver oferta suficiente para atender às demandas dos viajantes.

A oferta hoteleira não acompanhar a crescente demanda não significa que você não conseguirá encontrar férias com desconto na próxima década, especialmente no curto prazo.

Uma apresentação na recente Hotel Data Conference do provedor de dados hoteleiros STR em Nashville observou que os hotéis na Alemanha, Tailândia, Malásia e Japão ainda não recuperaram os níveis de desempenho pré-pandemia. Isso poderia representar uma oportunidade para melhores tarifas de hotel, à medida que os proprietários procuram atrair os hóspedes de volta.

Há até oportunidades potenciais para negócios aqui nos EUA. Há sinais de um verão estável em termos de desempenho hoteleiro, e os americanos que viajam para o exterior são os principais culpados. Mas também há menos viajantes vindos do exterior.

A mesma apresentação do STR observou que há cerca de 1 milhão de visitantes internacionais a menos nos EUA todos os meses neste verão em comparação com 2019, enquanto há mais 200.000 americanos a viajar para o estrangeiro todos os meses em comparação com a pré-pandemia.

Além disso, a Expedia indica várias ofertas de viagens de outono por aí. As viagens fora de temporada não são um conceito novo para quem procura pechinchas, mas é algo a considerar ainda mais nos próximos anos, considerando o aumento da demanda em períodos de pico de viagens, como o verão.

A Expedia relata que as tarifas aéreas caíram 20% para cidades como Denver, Chicago, Tóquio e Florença, Itália, em comparação com os preços do verão. Destinos de praia como Outer Banks da Carolina do Norte; Myrtle Beach, Carolina do Sul; e Panama City Beach, Flórida, têm aluguéis de temporada da Vrbo com preços 25% abaixo das taxas de verão.

Lembre-se: a opção de viagem fora de temporada não é para todos, especialmente para famílias que planejam suas férias de acordo com os horários escolares.

O relatório da Expedia observa que 70% dos casais com renda dupla e sem filhos – às vezes conhecidos como “DINKs” – preferem viajar no outono, em épocas em que as taxas de ocupação são mais baixas em cidades populares como Londres, Paris e Nova York.